sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DEMOCRACIA

Acredito que existam duas questões centrais que deveríamos discutir:

1. DEMOCRACIA: a melhor forma de fazermos democracia em nosso país ou em qualquer lugar do mundo é através da tolerância. Seja ela política, partidária, sexual, religiosa, racional, dentre outros fatores que criam subgrupos dentro de uma coletividade social que é o povo de uma nação. Desta forma, aceitarei sua suposição de que não houve o segundo ataque (durex), mesmo sendo contrário a este ponto de vista, a admitirei apenas o caso da bolinha de papel. Mesmo esta simples, inútil e inofensiva bolinha de papel é um atentado contra a democracia e ao modelo social que vivemos em que a liberdade de um indivíduo termina no momento em que a do próximo se inicia. Sou totalmente avesso a qualquer manifestação que promova agressão ou vandalismo de algum bem público ou privado. Temos que defender nosso ponto de vista através de pensamentos com fundamentos e dialogar para defendermos nosso ponto de vista; frente a isto, devemos escutar e aceitar pensamentos alheios. Isto só comprova uma diferença em nossos pontos de vista: enquanto, provavelmente, a senhora seja a favor de uma militância rígida e ativa (nos moldes da Sra. Dilma no período da Ditadura), eu sou um admirador de pensamentos revolucionários pacíficos e fundamentados na sabedoria humana (como por exemplo, o Sr. Fernando Henrique Cardoso, Sra. Ruth Cardoso, Sr. José Serra e até mesmo o Lula enquanto sindicalista e militante). Estes últimos souberam utilizar seu conhecimento e defender um ponto de vista sem agredir ao próximo.

2- IMPRENSA: independente de partido político, visão-política, capitalista ou de esquerda; sou a favor de um jornalismo sério, fundamentado em fatos verdadeiros. Entretanto, atualmente assistimos um festival de quebra-quebra. As emissoras de TV, jornais, revistas e demais meios de comunicação perderam o controle, deixaram de ser imparciais. Quem perde com isto? A SOCIEDADE!!! Deixamos de acreditar em nossos meios de comunicação, nos noticiários e estamos à beira de perder o controle das informações. Antigamente vivia-se uma era da faltava de informação e os acontecimentos chegavam tarde demais; atualmente vivemos uma era em que existe uma enxurrada de informações, todas duvidosas, muitas omissas e outras mentirosas. De que adianta tanta tecnologia? Ocorre uma regressão social, inépcia das classes menos privilegiadas e uma dificuldade em triar notícias de boa qualidade.

No meu ponto de vista, estes dois assuntos principais acontecem primeiramente porque acredito que todo Homem é político, tendendo ao lado A ou B; e segundo porque uma maioria partidária é incentivada a enfrentar de forma agressiva o adversário. Na política devemos ter adversários e não inimigos. Sendo assim, esta maneira de pensar e agir acaba sendo ruim para toda a coletividade, pois deixamos de fazer críticas construtivas e partimos para a pancadaria (como em vídeos que assisti em que o saudoso Mário Covas é agredido em São Paulo por militantes do PT). É uma vergonha agredir, é deplorável não aceitar o ponto de vista alheio. Nós cidadãos civilizados devemos militar contra qualquer tipo de agressão, seja uma bolinha de papel, um rolo de durex, um tijolo, ou a bala de um revólver. Perceba que as atitudes interligam-se e a proximidade do buraco e do abismo é quase imperceptível. A agressão é uma vergonha e me faz sentir medo da sociedade em que vivemos.

Portanto, percebo que militei do lado certo nestas eleições. E independente de vitória ou derrota, fiz minha parte como cidadão brasileiro de forma clara e sempre defendendo meu ponto de vista sem agredir meus adversários do PT!

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