terça-feira, 15 de dezembro de 2009

EU GOSTO TANTO DE VOCÊ!!!


Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu sentir
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...


Você marcou na minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidãoQue em minha porta bate...


E eu! Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato

Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...


E eu! Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!
Eu gostava tanto de você!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Versos tristes


Ontem quando dormi percebi a ausência,
Experimentei o amargo gosto da sua frieza,
Hoje quando acordei percebi a falta,
E minha nova companheira agora é a tristeza.

Meu telefone não toca,
Tudo seu foi levado,
Encontro no meu quarto o vazio deixado,
E percebo que não te tenho mais ao meu lado.

A dor está sendo intensa,
Lágrimas descem como cachoeiras,
Meu coração parece não agüentar de fragilidade imensa,
A falta do teu amor que hoje me rodeia.

Queria poder te abraçar e beijar,
Queria segurar forte em sua mão,
Queria ter a chance de novamente te amar,
E te mostrar todos os sentimentos do meu coração.

Ainda só me resta uma coisa a te dizer:

AMORECO...EU TE AMO!

CARTA


Estou sem um rumo momentaneamente em minha vida, da mesma forma não consigo encontrar uma forma mais simples e sincera para escrever este texto. Não quero que soe apenas como um desabafo, e sim como sentimento.
Pensei que poderia começar meu texto escrevendo sobre meu ciúme excessivo, poderia escrever falando dos meus sonhos, da minha profunda tristeza momentânea, poderia relembrar os meus três meses de felicidade (ao menos para mim), poderia listar os bons momentos, listar os maus momentos e ainda por cima totalizar o saldo deste relacionamento como uma simples conta matemática. Pois é, não somos simples números, não somos um aglomerado de letras que formam nossos nomes e sobrenomes, não somos apenas a bela imagem que transpassamos para a sociedade em nosso cotidiano, não somos apenas indivíduos, por traz de tudo isto existem sentimentos.
Concordo em revelar que neste texto eu teria que descrever os dois lados do sentimento, o de uma pessoa que está machucada, feriada, que se sente sufocada, que tem a sensação de estar sendo vigiada a todo o tempo, de uma pessoa que almeja sua Liberdade! A outra pessoa que sempre machucou de alguma forma inconsciente, talvez achando que estaria protegendo, amando e cuidando, agora também está mutilada, seus sentimentos espalham-se desalinhados em meio a tristezas e arrependimentos.
Todos somos responsáveis por nossos erros, porém poucos os humildes o bastante para admitirem e terem a força de vontade de seguirem em frente e tentar consertar o estrago feito.
Bem meus caros, eu ERREI!!! Assumo meus erros, peço perdão. Porém vamos metaforizar:

Imaginem que estejam magoados (muito magoados), todos temos o direito de nos magoar, de nos reservar o direito de ficar em silêncio e tentar colocar tudo no lugar, porém em um relacionamento, entendemos que por chamar-se RELACIONAMENTO envolve-se mais de uma pessoa, no caso um casal, sendo assim, a meu ver seria mais produtivo para ambos o diálogo, a tentativa de chegar a um ponto comum, lembrando que este ponto comum pode ser até mesmo o distanciamento de ambos (porém este fator deveria vir por meio de diálogo). Sabe aquela expressão, “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, acho que eu não consigo ser tão água assim, não estou conseguindo quebrar essa pedra dura que encontrei no meio do caminho, está impedindo que tudo siga seu rumo, está barrado.

Enfim, me sinto barrado, bati de cara em uma pedra no meio do caminho que não consigo amolecer, não consigo retirar esta pedra, não acho uma solução para a pedra que confesso, eu mesmo criei.
Não sou uma pessoa fácil de desistir dos meus sonhos, não sou de fraquejar perante meus erros, pelo contrário assumo-os e aceito críticas. Mas penso ao mesmo tempo: e tudo que foi vivido, não conta? Os momentos maravilhosos foram tão facilmente apagados? Com que facilidade nos esquecemos dos bens feitos a nós, como já diziam em outros tempos, mais fácil apontar os erros do próximo, do que aceitar suas qualidades. Lógico que é mais fácil apontarmos todos os erros, atirarmos pedras incessíveis ao próximo, mas e as nossas pedras que nos atiram, onde colocaremos?
Enfim, pra que não falte um pouco de amor neste texto, preciso colocar que sempre amei muito (exageradamente talvez), confesso que extrapolei muitas vezes por amor, mas sempre levei dentro de mim o amor sincero e imenso, que só cabe dentro do meu coração. Espero uma segunda chance pelos meus erros cometidos (somos seres humanos), espero não carregar o duro pesar de que eu fui o culpado de destruir uma linda história que eu sempre tentei pendurar por muito tempo e estava apenas no início.
Ahhh o tempo, como o tempo é fantasioso, se estamos em uma viagem três dias podem passar como 15 minutos pelos sentimentos de prazer, porém quando nos sentimos desprezados, deixados de lado como um sapato velho que você deixa no canto do seu quarto e pega outro dia, quando este sentimento está presente, uma quarta, quinta, sexta e sábado parece uma eternidade, ficar longe sem respostas, sem rumo, sem uma mínima consideração pelo teu carinho, esses dias tornam-se uma eternidade...
Enfim, viverei esta minha mísera eternidade por estes dias, até que saberei se terei uma chance de tentar consertar meus erros, ou se levarei todos como causadores do final da minha relação.

Termino este texto sem muito carinho pelas entrelinhas mal escritas, e pensando que não quero ter medo de continuar a te amar, sei que atrás desse iceberg que estou batendo de frente a todo o momento, existe uma pessoa maravilhosa que me conquistou e que eu peço a chance de demonstrar que posso consertar meus erros!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

...UM TEMPO...

BOM DESTA VEZ NÃO VOU CHORAMINGAR MINHAS MÁGOAS AQUI!!! APRENDI A POUCO TEMPO QUE O SILÊNCIO E A SOLIDÃO QUANDO ENCARADOS DE UMA OUTRA FORMA SÃO BONS!!! VOU TENTAR RS...

QUE DEUS SEMPRE ESTEJA AO MEU LADO!!! QUE ELE SEMPRE GUIE MEU CAMINHO E ELE ME DARÁ FORÇAS PRA CONTINUAR SOZINHO!!!

NÃO ME ENVERGONHO DE ASSUMIR QUE ERREI...AGORA CHEGOU A HORA DE PAGAR PELOS MEUS ATOS!!!

ESTOU DANDO UM TEMPO DE TUDO...NÃO ESPEREM NOVOS POSTS...

ATÉ...

domingo, 29 de novembro de 2009

Orb of caos!!!


Ando pensativo demais! Coisas da vida, relacionamentos, visão de mundo, perspectivas no trabalho, família, religião...Uma tormenta de coisas em minha mente...Novos conhecimentos, curiosidades, enfim, estou pensando, mas não estou conseguindo chegar a lugar algum!

Não sei do que preciso, não sei pra onde vou...penso e tento raciocinar sobre assuntos de diversas questões, algumas que pouco mudam diretamente minha vida, mas acho que tudo acaba afunilando-se em uma única questão: "EXISTÊNCIA HUMANA!"

Bom, vou pensar mais um pouco e depois tento colocar algumas novas idéias aqui!!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

FIRST IN ENGLISH


I TRY TO SAY BEAUTIFUL WORDS,
BUT MY BRAIN DON’T WORK,
MY DREAMS CUTTING BY THE WAY
AND I STAY HERE WITH MY TEARS

terça-feira, 27 de outubro de 2009

DESPEDIDA

Pessoas passam por nossas vidas e deixam experiências vividas, nos deixam conhecimento e sabedoria. Particularmente confesso que odeio despedidas, não gosto de sentir saudades e muito menos desligar-me das pessoas.
Porém o que importa realmente foram os sentimentos que você deixou guardados para sempre comigo. Amigo, sentirei saudades...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eu Nunca Estive Tão Apaixonado


O que eu puder, eu vou fazer pra não te machucar
Mas a verdade eu vou dizer melhor acreditar
Eu já morri, já renasci no amor
Mas nunca fui pra alguém o que hoje eu sou


E se mudar, é claro eu vou mudar, faz parte do caminho
Mas cada fruto que eu colher, trarei pro nosso ninho
Não sou tão bom, nem tão ruim, não sou
Mas nunca fui pra alguém o que hoje eu sou
Transparente, desajeitado, de todo jeito me ajeitando do teu lado
Pra me esconder, ou me espalhar, com todo cuidado
Eu nunca estive tão apaixonado...

Composição: Fábio Jr. / Kevin Mulligan

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

GRANDE AMOR

Escutei de alguém outro dia a seguinte frase:

“Cuidado, amores se vão e amizades ficam...”

Pobre coitado os que repetem esta frase, pois nunca precisei dividir amores e amizades, aliás, minhas AMIZADES também são como grandes casos de amor.
Confesso que vivi um forte amor algum tempo atrás, e por conseqüência do destino, e também por motivos particulares entre eu e meus grandes amigos, acabamos nos distanciando, porém continuamos nos amando e nos respeitando.
Compreendo que amigo verdadeiro é aquele que torce para que o outro esteja feliz, sendo ao teu lado, ou ao lado do amado! O importante é sentir-se feliz, realizado e completo. Muitas vezes nossos amigos, por mais que sejam grandes irmãos, eles não necessitam estar na mesma sintonia que nós mesmos, então o que acontece é uma distancia relativa para que se respeitem os sentimentos! Mas verdadeiramente a amizade continua a mesma, porque não é necessário continuarmos “curtindo” com nossos amigos como se ainda fossemos solteiros, e sim o que vale é o amor que temos pelos sempre grandes amigos, sempre sendo lembrados.
O amor que estou vivendo no momento, é tão forte que confesso, tenho medo do que ele pode causar na minha vida. Amor que chegou rápido, com força, e parece que ele não perde a intensidade. Não posso compará-lo com um furacão ou um vendaval, porque estes de repente ficam brandos. O meu amor (nosso amor) é um fogo ardente, em que a chama parece não amenizar, hora ele queima forte na pele, chega até a arder o coração, e também aquece o espírito, conforta a alma, e só nós dois sabemos nos entender.
Não tenho medo de amar, não tenho medo do amor, sou desconfiado e fico sempre na espreita, mas para que eu faça isso é necessário antes conseguir conquistar meu coração.
O importante na vida é querer e empenhar-se no seu grande amor, seja ele qual for. Sonhem juntos, façam planos, briguem, chorem, dancem, nadem pelados, faça muito amor, trepem nos lugares mais inusitados (assim nunca cairão na rotina), faça seu companheiro morrer de tesão (mesmo que você tenha que quebrar alguns preconceitos para que isso aconteça), enfim, para o seu grande amor ser verdadeiro vale tudo, só não vale trair e desrespeitar o outro.
Vivam, criem história, acredito que assim o grande amor durará muito tempo, e se for possível não precisará de outro grande amor, porque serão completos!

Estou seguindo minha própria receita, sem medo de ser feliz!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Versinho...


Poderia eu recitar versinhos,
Cantarolar rimas amorosas,
Tentar te encher de carinho,

Poderia eu amar-te bem baixinho,
Presentear-te com aromas de rosas,
Ou escrever bilhetinhos,

Tudo isso é mesquinho,
Visto tal e tanto que te amo,
E que meu amor não pode tanto,
Que apenas, AMAR-TE E AMAR-TE...
ETERNAMENTE!!!



De: Diogo Ferraz

Para: você que me faz sentir tão especial!

- sem título -




Quando o entardecer vem caindo,
E a noite se aproximando,
Minha vida vai sentindo,
Que meu amor está chegando.

Espero-te em minha cama,
Ansioso por teus beijos,
Meu coração palpita forte,
Ai meu amor, eu te desejo!

É impossível descrever,
Os sentimentos que me impulsionam,
Impossível agora é viver,
Sem teus carinhos que me apaixonam.

Do teu amor me tornei refém,
Com teus abraços sinto teu calor,
Que este amor viva mais além,
Mais além de todo o amor!

Ficarei aqui me preparando,
E confesso ansioso em te esperar,
Sozinho, aflito e sonhando,
Meu amor que irá chegar!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Graças a Fernando Pessoa...


Graças a Fernando Pessoa consegui descobrir o porquê não tenho inspirações para escrever ou até mesmo descrever tudo que estou sentindo nos últimos trinta dias aqui no meu blog.
Confesso que sou um tanto melancólico, bucólico, apesar de não ler tanto Álvares de Azevedo dentre outros poetas desta classe poética.

Neste momento de tanta felicidade, e acima de tudo, de sentir-me tão completo ao lado de uma pessoa, encontrei este poema que se encontra logo abaixo. Não consigo nem ao menos começar a descrever o que estou sentindo e passando pela minha vida!!! Tudo mudou!!! Minha vida girou 360 graus!!! Estou feliz, completo, realizado, com inúmeros planos de vida, grandes perspectivas... Enfim, só ele conseguiu até hoje fazer isso comigo... Obrigado por estar em minha vida... Te amo demais!!!


O AMOR


O amor, quando se revela,

Não se sabe revelar.

Sabe bem olhar p'ra ela,

Mas não lhe sabe falar.


Quem quer dizer o que sente

Não sabe o que há de dizer.

Fala: parece que mente

Cala: parece esquecer


Ah, mas se ela adivinhasse,

Se pudesse ouvir o olhar,

E se um olhar lhe bastasse

Pra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;

Quem quer dizer quanto sente

Fica sem alma nem fala,

Fica só, inteiramente!


Mas se isto puder contar-lhe

O que não lhe ouso contar,

Já não terei que falar-lhe

Porque lhe estou a falar...


Fernando Pessoa

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Especial para mim...


Li muitas crônicas de Jabor, Veríssimo entre outros grandes pensadores do nosso cotidiano, reli milhares de vezes poemas de V. de Moares, Drummond, F. Pessoa, e a cada releitura eles me reconquistam, fortalecendo-me e mostrando o amor de um novo ângulo antes passado despercebidamente.
Confesso que tudo isso acaba ficando gravado na mente ou no coração (gravem onde bem entenderem), o estimável é conhecer estes sentimentos. De alguma forma estas lições transmitidas à séculos passados por Camões, em que milhares de versos cantarolam seus amores ritmados linha a linha, e todos estes grandes escritores que cantaram teus sentimentos, e afixaram seus sentimentos no papel infeccionando a humanidade com o romantismo.
Ah... O Romantismo! Estilo literário presente em nosso país tropical (1836 – 1881) marcado por Alencar, Abreu, Alves, Dias e tantos outros que enamoram casais até a atualidade. Do que adiantaria o amor se o romantismo não obtivesse o respaldo literário atual?
Por estas razões que hoje escrevo esta carta aos meus queridos vultosos amigos literários de todos os períodos conhecidos literários... Muito Obrigado... Vocês são causadores de grandes amores, e utilizando-se de poemas e textos antigos, amiudamos teus pensamentos e repaginamos teus sentimentos, para tais quais agora são meus.
Estou apaixonado, estou amando, estou vivendo e “sentimentando”... Além de demonstrar meus sentimentos, estou concretizando e lutando por tudo que quero viver... Há tempos não me via tão feliz e completamente completo. Obrigado por embalar paixões, desencadear romances e eternizar amores.

Meu grandão... A cada dia que passa sinto-me mais completo ao teu lado. São teus abraços, teus beijos, seu carinho, nosso ciúmes, nossa companhia, nossa forma de ver o mundo... Enfim, somos nós... unicamente nós dois que nos tornamos um!

Tudo está incrível, inacreditável e inabalável.

Te adoro muito!!!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

AMOR E TESÃO



O amor, palavra tão simples e sentimental,
Tesão, palavra forte que me traz a paixão,
Quando amo, sinto em minha vida um vendaval,
Quando tenho tesão, és forte como um furacão.

Por você sinto um pouco de cada sentimento,
Por você sinto amor doce e sincero,
Com a paixão sinto minha vida em movimento,
E com estes sentimentos é que me desespero.

Apego-me e me desapego,
Tento fugir dos meus sentimentos,
Me escondo do teu olhar e lhe desprezo,
Mas continuo aqui com meus pensamentos.

Tento acreditar em você, em doces instantes,
Tento acreditar em sua palavra amiga,
Todas me iludem e caem inconstantes,
Preenchendo minhas dolorosas páginas da vida.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

REFLEXÃO


Olho surpreso meu reflexo no espelho,
De repente, o reflexo se movimenta e me surpreende.
- logo pergunto -
_Quem és tu se eu não me movo?
_Sou você, mais de um modo novo!
_Então me expliques o por que sou tão teimoso?
_Não tente te entender, apenas acredite em você!
_Mas tire minha curiosidade, me diga por que erro tanto?
_Não tenha medo do erro, só não deixe vir o pranto!
_Mas me conte, um dia eu encontrarei toda a felicidade?
_Pare de tentar decifrar a vida, isso só vem com a eternidade!
_Eu insisto, quero me conhecer melhor preciso saber...
_Já disse, a única coisa que você necessita é VIVER!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

DÚVIDA


Entender o coração,
É como agir com razão,
De um coração apaixonado,
Implorando a ficar do teu lado.

É duvidar do nascer do sol,
É duvidar do anoitecer,
É duvidar do sal do mar,
É duvidar que vou deixar de te amar.

Entender meu amor por você,
É tentar compreender o incompreensível,
É querer enxergar o invisível,
E acreditar em outro amor inconfundível.

Das anedotas da vida,
Eu duvido que um dia te terei,
E nessa jornada bandida,
Vou me lamentando por querer te esquecer outra vez.

A dúvida é cruel e com ardor,
A dúvida é dramática e banal,
Duvido que um dia me esquecerei,
Os momentos que vivi por teu amor.

De dúvida em dúvida eu vou seguindo,
E duvido da dúvida que estou sentindo,
E nesse momento de duvidar que esta me atingindo,
Sigo na dúvida de viver outro amor me confundindo!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ouro e Basalto


Pouco tempo atrás eu era com o ouro,
Metal precioso, sentia-me como tesouro,
O ouro que se transforma, enobrece o corpo e satisfaz a alma,
Metal este tão lapidado, faz a glória e me traz a calma.


Hoje, me transformei em basalto,
Metal sem valia, abundante e simples que me deixa exausto,
Como o basalto sinto-me pisoteado preenchendo ruas,
Basalto simples, comum, torno-me apenas mais um.

Quando cheguei, deslumbrado fiquei,
Fui logo tudo conhecendo e amadurecendo,
Aqui comecei como ouro e me destaquei,
Desanimado, me encontro a ser basalto, uma jóia sem assalto.

Entre escolher a ser ouro ou basalto,
Prefiro ouro para brilhar cada vez mais alto,
Ainda que o basalto me traga a simplicidade,
É no ouro que desejo encontrar minha felicidade.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Meus vinte e dois...


Alguns dias atrás, li em um lugar qualquer que seria mais fácil e cômodo consertar minha bicicleta ao invés de uma pessoa. Sim, concordo que realmente é mais fácil!
Na vida podemos seguir vários caminhos, muitos deles julgados. Alguns caminhos agradam mais a uns do que a outros, enfim, é realmente impossível agradar ao coletivo como um todo.
No decorrer de toda esta situação, pensei um pouco sobre o assunto. O que eu quero consertar na verdade, minha bicicleta ou minha vida?
Cheguei à conclusão que não preciso consertar minha vida, pois sou feliz desta maneira. Mesmo que muitos me critiquem, mesmo que muitos se incomodem, mesmo que todos me condenem, a única coisa realmente importante é minha felicidade!
Tantos textos anteriores em que descrevi momentos de minha vida, meus pensamentos e meus princípios, hoje me descrevo um pouco mudado, um tanto quanto diferente, ou melhor, um tanto quanto INDIFERENTE COM OS DEMAIS. Mudei sim, a capital me fez mudar, as pessoas desta tão grande e contagiosa cidade fez mudar minha maneira de pensar.
Jamais me esquecerei de todos meus princípios do interior, deixo bem claro que não é esta a questão que iremos discutir neste momento.
Porém este lugar em que vivo atualmente, a maneira com que a vida me impõem atualmente de sobreviver, tornou-me um pouco mais gélido, um pouco mais distante e sem sentimentos para com os outros. Sim, eu me torno e me afirmo neste momento como o mais novo cidadão da maior cidade do país. Agora consigo me ver como o restante dos outros milhões que ocupam as ruas desta grade São Paulo. É incrível, em apenas seis meses conseguiram me manipular e arrancar de dentro de mim tudo que vivi por 22 anos, é incrível a crueldade desta cidade.
Enfim, a esta maneira fica um pouco mais fácil sobreviver, fica mais fácil tentar viver e fica mais difícil ser quem você realmente quer ser. Atrás de grandes máscaras vivemos e convivemos com pessoas que não conseguimos descrever e se relacionar. Esta é a vida atual da capital, vida vazia, vida sozinha, uma vida sem vida.
Pare e pense um pouco... Isso pode ser chamado de vida?
Da minha tristeza, da minha solidão, da minha louca juventude tão sozinha, da minha simples vida tento encontrar palavras, palavras que não existem, mais vou buscá-las em um mundo de fantasia em que dentro de mim sobrevive, para um dia quem sabe, conseguir trazer à tona tudo que sou e que quero ser, e viver a vida que acredito um dia viver.

MEUS VINTE E DOIS ANOS... BEM VIVIDOS... APROVEITADOS... QUERO VIVER EM DOBRO O DOBRO DO QUE VIVE NOS DOIS PRIMEIROS SÉCULOS DA MINHA VIDA... QUERO VIVER, QUERO ME APAIXONAR, QUERO AMAR, QUERO SOFRER, QUERO APROVEITAR... E NO FINAL DE TODA ESTA LOUCURA, VOCÊ SABE O QUE ME RESTA? A ÚNICA COISA QUE ME RESTA E QUE EU QUERO... QUE É MORRER EM PAZ!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Para você...

Noite fria e sozinho veio a tristeza,
Uma tristeza que tomou conta da minha vida,
Deixei que do meu coração tomasse conta a incerteza,
E por lágrimas velei sua despedida.

Por noites antes versos vibrantes que eu cante,
Um coração que amou de verdade,
Talvez eu tenha sido o indivíduo errante,
Que sempre buscou a nossa felicidade.

Estava ao teu lado a todo o momento prestante,
Hoje minha companhia é a saudade,
Você que sempre almejou pela liberdade,
Nos afastou por todo mero instante.

Sonho que acabes e tu voltes depressa,
Para poder sentir seu corpo e teu calor,
E que nunca mais eu me despeça,
Podendo te oferecer todo meu amor

HOJE ESTOU EM LUTO

HOJE ESTOU EM LUTO.
MEUS OLHOS CANSADOS,
ENTRE ABERTOS E SEM BRILHO,
FAZ NASCER NA DOR UM VULTO.

BROTA O PRANTO,
POR MEU ROSTO CORRE
COMO ÁGUA CALDALOSA,
NUM RIO SEM REMANSO.

MORRE O AMOR, O DESEJO,
O CORAÇÃO DISPARADO,
A BOCA FAMINTA DE MIL BEIJOS.
MORRE O MELHOR DE MIM.

SEPULTEI NO VALE DAS SOMBRAS,
A FELICIDADE QUE NÃO EXISTIU.
NA NOITE FRIA, VELEI O ROMANCE,
O ROSTO QUASE ESQUECIDO
DE QUEM POR DUAS VEZES SE VIU.

EU QUE CELEBREI A VIDA,
ENAULTECI O BEM E A SORTE,
NESTA MADRUGADA VAZIA, SOZINHO,
CANTO EM VERSOS A DOR DA MORTE.

Poema de um grande amigo muito especial...Dr. Luís César Barão

Eu mesmo, de um outro ângulo...


"Trata-se de escritos de Diogo Ferraz. Um homem sensível como o orvalho da manhã reposado sobre as pétalas de uma flor. Um homem forte como as savanas do cerrado que sobrevivem as intemperies. Um homem justo, leal que pode servir de exemplo a este mundo de descaminhos. Seus escritos são carreados de emoção intimamente ligadas a arte de amar e querer ser amado, revelam um ser altruísta, justo, temente a Deus que não mede esforços para ser feliz e atingir seus objetivos, sem contudo magoar os que estão ao seu lado.
Certamente deve ser muito invejado, pois além de carregar consigo a beleza que Deus lhe presenteou, possui uma alma generosa, límpida e uma inteligência insuperável.
Sorte de quem pode estar com ele e ao seu lado caminhar nos tortuosos caminhos da vida. Assim e somente assim poderá experimentar da sua graça, da sua generosidade e de seu amor.
Que você faça das suas dores o refúgio intocável de seu talento na arte de expressar o mais simples, o mais belo sentimento que arrebata todo ser que vive: O AMOR!!"


Por Dr. César Barão

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Caminhando ao teu lado

No meio da tempestade quero encontrar um abrigo,
No meio da tristeza quero encontrar a felicidade,
No meio da guerra que encontrar a Paz,
No meio das pedras, quero encontrar uma flor,
No meio da noite quero encontrar a Luz.

Você começou a me ajudar a encontrar o caminho,
Não deixe que isto se perca no meio de tudo,
Não vamos deixar de caminhar juntos,
Se você não conseguir mais andar eu te carrego,
Se você não tiver mais forças, estou aqui pra te dar coragem,
Se você não tiver mais fôlego, eu te dou do meu ar.

Nos caminhos da vida, difícil é encontrar um parceiro de caminhada,
No caminho, difícil encontrar alguém que nos ajude a lutar,
Quase impossível alguém que sente ao teu lado,
E sonhe e acredite em todas suas loucuras,
Estou aqui para sonhar e fantasiar com você,
E quando precisar, mostrar que está indo longe demais.

Quero acreditar em você,
Quero confiar em você,
Quero saber que mesmo não estando naquele momento com você,
Eu estarei ao teu lado em pensamento,
Quero ter certeza de que é simples e puro,
Que é transparente e límpido,
Quero sentir que é sincero e que tem sentimento.

Não quero que tudo se perca meio ao nada,
Não quero que fiquem vazios inacabados,
Não quero que seja um poema sem um ponto final,
Não quero que seja uma história sem fim,
Não quero te perder,
Pois você é especial para mim.

Oração


Onde está a Senhora que sempre me cobriu?
Onde está a Paz do teu olhar...
Não sinto mais a cura das feridas e da dor...
Não consigo mais suportar...

Lembra das pedras no meu caminho?
Então meus pés estão tão calejados, que não suportam mais pisar!
Os espinhos? Já me transpassaram e não consigo mais passar.


Se ficaram mágoas em mim
Mãe tira do meu coração
E aqueles que eu fiz sofrer peço perdão
Eu sei que estou curvado neste momento de dor,
Penso na Cruz que alivia meus pensamentos,
só te peço um último pedido:
Interceda por mim minha mãe junto a Jesus

Nossa Senhora procuro tua mão
Cuida do meu coração
Cuida da minha vida, do meu destino
Nossa Senhora procuro tua mão
Cuida do meu coração
Da minha vida do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Anjo Gabriel


Quando te conheci reparei que tinhas nome de anjo,
Cabelos levemente dourados como o de um arcanjo,
Olhos verdes mel como o de um príncipe dos céus,
O guardião de Deus, chamado arcanjo Gabriel.

Assim como o arcanjo de Deus traz boas vindas e sabedoria,
Trouxe-me também a paz e harmonia,
Entrou em minha vida como uma estrela anunciante,
Como o mesmo anjo que anunciou o filho de Maria.

Naquela noite pude te tocar, te abraçar te beijar,
Com teu cheiro perfumou meu quarto e meu lençol,
Naquela noite redescobri o que era amar,
Com teu brilho descobri que poderia ser meu sol.

Com seu olhar de menino, você me conquistou,
Com seu jeito de homem você me completou,
Com sua simplicidade e inteligência me fez admirar,
O homem que eu queria ao meu lado sempre estar.

Tua boca tem o toque e a leveza do beija-flor,
O teu gosto tem a doçura de todo o mel,
Na noite em que te beijava, meu coração explodia de amor,
Dormindo ao seu lado me senti no céu, pois estava dormindo ao lado do arcanjo Gabriel.

Teu sotaque me fazia enlouquecer,
De um jeito carioca simples de se viver,
Na minha vida você entrou,
E como um anjo, me tocou com seu amor.

Hoje não tenho mais um anjo ao meu lado,
Sinto-me sozinho e desamparado,
Hoje me deito em minha cama e procuro teu aroma,
E na noite me perco em sonhos inacabados.

Sonhos que tão reais me parecem estar ao céu,
Em que toco tua boca e sinto novamente teu mel,
Num repassar de segundos acordo assustado,
E percebo que o anjo não está ao meu lado.

O anjo que se foi e deixou o simples poeta aniquilado,
Hoje escrevo este poema com esperança de ter-te novamente ao meu lado,
O arcanjo que deixou um pobre homem magoado,
Arcanjo Gabriel, volta para o meu lado?
Diogo Ferraz

Penso...


EU SENTO,
EU PENSO,
EU TENTO,

TENTO NÃO PENSAR,
TENTO NÃO LEMBRAR,
TENTO NÃO CHORAR,

EU SENTO,
EU PENSO,
EU ME REINVENTO,

TENTO VIVER,
TENTO SOBREVIVER,
TENTO TE ESQUECER,

EU SENTO,
EU PENSO,
TENTO NÃO IMAGINAR,

NÃO IMAGINAR,
O QUANTO SERIA DIFÍCIL NÃO TE TER,
O QUANTO É INSENSÍVEL NÃO TE BEIJAR,

AGORA EU SENTO,
E NÃO CONSIGO MAIS ME EXPRESSAR,
SINTO QUE MEU TEMPO SE ESGOTOU

VOCÊ PARTIU,
ME DEIXOU, FICOU EM MEUS PENSAMENTOS E NA DOR,
MEU CORAÇÃO PAROU E INFELIZMENTE EU PREFERI PARTIR...

...EU OPTEI POR MORRER DE AMOR...


Diogo Ferraz

domingo, 26 de abril de 2009

CARÁTER

Quantas ironias do destino, quantos sentimentos que se cruzam numa sociedade não tão grande o quanto parece ser. Em mim, vários sentimentos se misturam, sentimentos de saudades vêm e vão com tanta intensidade em meu peito, saudades de coisas tão distantes, que jamais poderão voltar saudades de tempos, não tão longínquos, mas que também não posso mais voltar atrás.
O pior de tudo, quando este sentimento tão intenso de insegurança e de fragilidade, torna-se uma avalanche sentimental com sentimentos mais pessoais, amorosos, que não dependem somente de mim para superá-los, para aniquilá-los ou para enfrentar com coragem.
Parece-me que as pessoas aqui não se importam muito com sentimentos, (eu já falei tanto de sentimentos por hoje, NE?), mais não são somente os sentimentos, outro fator importante, é a questão em que podemos influir nos sentimentos de terceiros, é o caráter, este que devemos ter sempre como base dos nossos princípios e estaremos certos de estar no caminho correto.
Hoje eu choro.
Depois de tanto tempo sem me lembrar do que são as lágrimas correndo em meu rosto por outro homem, sem me lembrar do que é aquela dor no peito, pois o telefone chama, chama e chama, aqueles toques de chamadas parecem inacabáveis, frios, sem sentimento. Não poder ouvir sua voz, não poder ter tua companhia.
Companhia, logo eu que menos me preocupei em prestar minha companhia para aqueles que me amavam ou que me amam. Talvez eu tenha que pagar pelos meus atos de toda vida, por ter feito pessoas chorarem, por ter feito meus pais chorarem tantas vezes, por muitas vezes ser promíscuo, fútil e não sentimental com quem deveria ser. Sim, talvez eu esteja pagando por coisas que já fiz. Mas sei que fiz coisas boas, nunca enganei pessoas, sempre fui transparente nos meus atos e assumi todos meus erros, enfrentei obstáculos, caí meio aos espinhos, me arranhei por inteiro, sangrei, fiz com que minhas feridas cicatrizassem e estou aqui, com marcas, mais estou em pé. Você não passará de mais um arranhão profundo, que feriu o lado direito do meu peito, que fez com que seus espinhos entrassem até o fundo, perfurando veias vitalícias, mais estou tranqüilo, estou cuidando dos ferimentos, estou cobrindo o buraco deixado e sei que vai cicatrizar.
Em meio a tudo isto, estou perdido, confuso, aflito a tantos sentimentos e pior ainda, me sinto sozinho. Não tenho o ombro da minha mãe aqui, que poderia estar me confortando, que por mais que ela não soubesse a causa do meu sofrimento, ela estaria comigo me carregando em teus braços se necessário. Ai que falta que me faz alguém nessa grande cidade, de tantas pessoas e tão poucos sentimentos.
Hoje pensei em voltar, sim juro que tive muita vontade de reunir todas minhas coisas e voltar para casa de meus pais, pena que não posso mais fazer isso, não posso voltar a ser uma criança. Confesso que não imaginava que seria tão difícil.
Sei que estes sentimentos passarão, virão muitos outros, de alguma forma isto é o gostoso da vida, viver paixões e grandes amores.
Me reerguerei. Sinto-me sempre como uma fênix, que nos piores momentos pegas fogo, viram cinzas e como mágica ressurgem mais belas e exuberantes para que todos a admirem. Os tempos não tem sido dos melhores em minha vida, já peguei fogo, virei cinzas, me sinto como o pó, sem serventia alguma, que apenas com uma brisa caem ao vento e se dispersam para o nada, sem acrescentar coisa alguma para alguém, mais destas cinzas eu ressurgirei, me reerguerei e estarei imponente como a fênix.
Diogo Ferraz

MÃE


É impossível eu me lembrar:

da primeira vez que você me olhou nos olhos,
da primeira mamada em seu peito,
do primeiro passo que a senhora me ensinou a dar,
do meu primeiro ano de aniversário,
do primeiro dia das mães em que estive presente em sua vida,
do primeiro dia na escolinha.

Mas é impossível eu me esquecer:

de tantas vezes suas mãos pintadinhas passando entre meus cabelos,
das noites que você passou comigo quando estive doente,
das horas que a senhora sentou-se ao meu lado para me ensinar a matéria da escola,
dos presentes de todos os aniversários, natais e outras datas,
das lágrimas que te fiz derramar por alegria ou tristeza,
da sua emoção em ver o seu filho partir para a grande cidade.

É simplesmente impossível esquecer o seu cheiro, a doçura do seu olhar, o acariciar de tuas mãos e sua voz sussurrando uma canção de ninar.

É impossível me esquecer de que você sempre será minha MÃE!



Para Sandra...De Diogo Ferraz

Sobrevivendo


"Estou vivendo,
Estou revivendo,
Estou apenas tentando viver



Apenas estou indo,
Apenas deixando levar,
Apenas estou sobrevivendo,



Estou sobrevivendo à vontade de nâo viver,
E vivendo a vontade de morrer."



Diogo Ferraz

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sábado de manhã...

"_Alô... Alô... Alô... quem está falando? Responde..."

Sábado, às nove e meia da manhã o celular toca... Do outro lado da linha alguém fica calado, querendo apenas ouvir a voz de quem atendeu e acabou de perder o sono no único dia que pode dormir até mais tarde. Bom, assim iniciou-se meu sábado, porém gostaria de narrar uma história...

"Um jovem, sexta-feira logo de manhã, após finalmente concluir a transferência na universidade, anda a passos largos ao sair do metrô. Está atrasado a caminho de seu trabalho.
Próximo a entrada do prédio comercial envidraçado, rodeado de carros incansavelmente buzinando pelas ruas, e logo a frente um grupo de pessoas em baixo de uma grande árvore onde se escondiam do fino nevoeiro persistente da grande cidade, o garoto coberto com um capuz da própria blusa levemente umedecida, ouve seu celular tocar em meio ao caos. Rapidamente abre o celular imaginando que seria alguma informação do trabalho ou algo do gênero. Estava enganado. No visor do celular contemplava-se uma nova mensagem, logo em seguida, o nome do remetente. Naquele momento, mesmo que fosse apenas para o garoto, todo aquele clima da rua mudou como se o fino nevoeiro transformara-se no clima tropical e alegre das lindas florestas próximas aos trópicos terrestres, simplesmente porque alguém havia recordado logo de manhã de sua humilde existência na Terra, alguém que desejara-lhe um bom dia, como há muito tempo o garoto não recebia uma mensagem daquele tipo.
Correu até o escritório em que trabalha, acendeu a luz, ligou o computador e ao mesmo tempo o ar condicionado, aguardando impacientemente o computador, leu novamente a mensagem para crer que era verdadeira, para conferir o remetente. Logo, pela internet respondeu a mensagem, mandou e-mail, teve uma imensa vontade de ligar para o remetente, mais tentou acalmar-se.
Marcou horário para conversar, para ouvir e desabafar, para ler as entrelinhas do menssager e imaginando bem suavemente no canto do ouvido direito, a grossa voz, porém macia e afável que o adorável remetente sempre proporcionava ao garoto em bons finais de semana juntos.
O tempo avançava como uma velha carroça numa rua esburacada puxada por burros cansados... que demorada estava...minutos após minutos, o fervor de querer conversar e ao mesmo tempo o medo de nada se realizar.
Chegara onze e quinze da manhã e o garoto com insolente saudade que invadiu seu peito, queria diminuir um pouco tal impiedoso sentimento. O garoto mandou outra mensagem perguntando se algo havia acontecido. Logo em seguida, o tão esperado conectou-se e a saudade diminuía e aumentava como picos de estado febril, em que ao mesmo tempo em que tão bom era conversar e poder saber o que pensava, a distância havia de separar.
Que vontade havia de sua voz ouvir, de sentir seu cheiro, de dormirem abraçados, de tocar seus lábios, sentir sua barba suavemente roçando no rosto de pele finamente tratada e olhar-se no espelho de manhãzinha e ver a vermelhidão rosto, cujo o fruto era do sentimento da noite anterior. Saudade de passar o fim de semana juntos, pular na piscina, encostar-se a um canto para beber muito refrigerante e comer pão e carne assada e conversar. Ai que saudades da simplicidade daquele carinho...
O garoto tinha saudades daquilo que era simples, estava cansado de altas festas, badalações, futilidades, falsos amigos. A saudade era do sentimento de fidelidade, cumplicidade, carinho e afetividade. De acordar, olhar dentro dos olhos, acariciar o rosto e sentir que alguém havia de preocupar-se com ele. O garoto imaginava o quão incrível e fascinante era o simples fato de outra pessoa invadir sua vida, no bom sentido do significado, de fazer-se tão vitalício, como na simplicidade da água para a vida humana. Que gostosa foi aquela conversa durante algum tempo perspicaz.
Passou se o dia caiu-se a noite, e novamente a vontade de diminuir a saudade era grande, o garoto enviou mensagem, entrou no menssager no horário de sempre, andou de um lado para o outro na sala, olhou inúmeras vezes a tela do computador. Escolheu a não sair de casa para tentar encontrá-lo, porém não conseguiu. Ainda antes de deitar-se para tentar sonhar e ficar mais próximo daquele que distante estava, tentou ligar, ouvir a voz que tanto queria... também não conseguiu.
Depois de horas na imensidão de sua cama, rolando de um lado para o outro, com a luz da lua batendo a sua janela, minuto a minuto, re-lembrando momentos vividos no fim de semana passado, o garoto conseguiu dormir na noite de sexta-feira..."

E aqui está o garoto agora, que foi acordado no sábado de manhã por uma chamada desconhecida, e que resolveu por insônia desabafar um pouco qual sentimento hesita em seu peito. O dia amanheceu sem sol. Olho neste momento na janela a fora e vejo a imensidão da solidão que se encontra na cidade. O ar movido pela poluição dos carros e eu deparo-me sozinho em meu quaro materializando algo que a cada dia parece tornar-se mais distante e impossível.

"AQUELE QUE INVENTOU A DISTÂNCIA NÃO CONHECIA A DOR DA SUADADE"

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Segundos de nostalgia

Navegando mais um dia, na grande mãe da comunicação chamada Internet, deparando-me com tantas bizarrices, tolices e falsos sentimentos e em meio a tantas pessoas desconhecidas e conhecidas...algumas que jamais conhecerei...resolvi ver fotos antigas em orkut de amigos e colegas...

Embaralhado ao meio daquelas páginas azuis, já tão famosas no meio juvenil, encontram-se tantas fotos, novas/antigas...de festas/pessoas que já não estão mais entre nós...das risadas/lágrimas...dentre tantos sentimentos, que por muitos intensamente vivenciados não foram.

Sentado na cadeira de couro e aço prata do escritório, a temperatura friamente exata de 23 graus, ao leve barulho do ar-condicionado, em que o aço fere a pele com mais algidez, e ao som de homens trabalhando na rua em frente. Um bom livro, ainda no início, chamado "O Primo Basílio", me cansei de toda aquela asneira e fui até a janela ver o que se ocorria lá fora. Logo percebi que muita coisa não havia acontecido. Mulheres na piscina do prédio ao lado, com seus corpos esplendorosos e seus chapelões de Panamá a beira d'agua, debaixo de um sol escaldante de trinta e tantos graus. O ar mansamente parado, a folhagem das poucas árvores na avenida logo em frente estavam calmas. Logo então, num súbito estágio de nostalgia do meu cérebro, lembrei-me da Universidade em Piracicaba.

"Inicialmente lembrei-me de uma vez ainda menino, em que visitei a Universidade Metodista de Piracicaba...aquele nome monstruoso me apavorava! No momento em que entrei no Campus fiquei com mais medo ainda, pois o própria universidade era um monstro monstruoso. Apesar do medo, o sonho era maior. Ah...o sonho de ser doutor...de ser alguém...o sonho...

Anos mais tarde, carregando ainda meus recém 17 anos de idade e trazendo uma criança sincera e inocente ao curso de Direito, novamente o monstro me fez sentir medo. Medo daquelas oitenta e tantas pessoas dentro de uma grande sala frígida, com um engravatado falando frases em latim e uma grande balbúrdia nos corredores a fora. Logo percebi que aquilo não era meu sonho, não era o meu futuro. Desisti...sim, eu desisti...

A desistência não fez o menino parar de sonhar, e sim buscar novos caminhos.

Algum tempo depois de voltar das longas férias de um ano em Santos, sim férias de um ano...resolvi procurar um curso mais dinâmico, um curso que me desse o prazer de trabalhar...Escolhi Hotelaria, porém o curso foi cancelado pela faculdade. Então, resolvi tentar Comércio Exterior...sempre gostei de novas culturas, sempre fui curioso e tive vontade de viajar.

Quando chegou o resultado do novo vestibular, minhas mãos suadas e tremulas rasgavam aquele envelope timbrado rapidamente, querendo saber qual seria o meu futuro dali para a frente. Longas eram aquelas linhas e entrelinhas...como era difícil encontrar a pontuação da prova...Até que encontrei...encontrei porém não acreditei...pálido eu fiquei...gritar logo tentei...mais foi com as lágrimas que me deparei!!!

Corria do meu quarto para a sala, da sala para o outro quarto, deste quarto para a cozinha, até que desvancilhei-me em pranto junto ao ombro de minha mãe. Ela sem muito entender, logo perguntou o que havia se sucedido para tal pranto correndo em meu rosto... por que motivo haveria eu, seu filho, estar derramando lágrimas de tristeza??? Então logo respondi que as lágrimas de tristeza não haviam de ser...as lágrimas eram de tanta alegria... da felicidade de conquistar algo...a alegria de estar conseguindo vencer a vida tão sofrida vivida...e ainda vencer tão sublimemente, pois passado em primeiro lugar no vestibular, como resposta a carta logo trazia.

Logo as aulas iniciaram, e mais uma vez o monstro parecia me engolir. Pessoas novas, novos amigos, novos professores. O medo ainda era grande, mais acostumado estava ficando. Os semestres se passavam, professores entravam e saíam da vida dos alunos. Amigos, inimigos, colegas, aqueles que deixaram de ser amigos, novos amigos que entraram no meio do curso, amigos e inimigos que desistiram no meio do caminho...este era o cenário da universidade, o grande fluxo de pessoas tentando mudar o futuro."

PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...PLIN...

Com o soar do telefone do escritório, voltei do meu lapso nostálgico, e percebi que muito do que eu tinha vivido reflete-se em minhas atuais atitudes.
Ontem estive em reunião com o coordenador do curso da Faculdade de Comércio Exterior da Universidade de São Paulo. No momento em que olhei para o prédio em que eu estudaria, me deparei desta vez com um gigante de vidro, com vinte e tantos andares, todo fechado, cheio de jovens paulistanos estúpidos, perturbados pela vida da grande cidade e engajados sempre na futilidade da vida urbana. Percebi então que eu poderia ser mais gigante que o prédio, pois ele era gelado e sem sentimentos, enquanto eu conseguiria ser maior por conseguir cativar e conquistar pessoas. Após sair da difícil reunião de negociação de disciplinas, me dirigi ao elevador e subi até o terraço do prédio...o mais alto que eu poderia chegar...fui a área livre do terraço, e com uma mochila nas costas, um chiclet's e um celular no bolso, mais uma vez imaginei que estava iniciando mais uma fase em minha vida...mais uma fase de batalhas e conquistas...sendo assim, me desloquei sorrateiramente até a ponta do terraço, e segurando bem firme na gelada barra de ferro, com um vento que cantava atrás de minha orelha, e um sol que vinha caindo bem de mansinho ao longe atrás dos prédios da infinita São Paulo, prometi que ali iniciava-se mais uma batalha, e que logo se teria mais uma conquista.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Megalópole São Paulo...

Gente, como é minha primeira postagem, por favor me dêem um desconto...


Quando escuto aquela música, apesar de não ser a minha favorita, em que se fala: "No dia em que saí de casa, minha mãe me disse, filho vem cá...", meus olhos logo começam a se encher de lágrimas, e vem em minha mente aquela cena dos meus pais me deixando na rodoviária de Piracicaba com dois pares de grandes malas, um bilhete amarrotado em minhas mãos suadas pelo nervoso, uns trocados no bolso para a viagem, lágrimas procurando o caminho mais suave pelo meu rosto e uma imensurável dor do lado esquerdo do peito, pois eu sabia que desta vez eu estava saindo para nunca mais voltar. Não que eu não possa mais voltar, pelo contrário, quero voltar sempre para visitar, mais dentro do meu peito, eu sabia que estava fazendo a coisa certa, sempre soube que não nasci para viver em uma cidadezinha, e sim em alguma megalópole no mundo afora.

Entrei no ônibus com uma ânsia de chorar e gritar, pois a partir daquele momento eu sabia que tudo mudaria. Enquanto o veículo viajava rumo a megalópole, eu com meus olhos fechados imaginava o tão difícil seria deixar todo o meu pequeno (porém feliz) cotidiano para traz. A cada quilômetro avançado rumo a nova vida, eu me sentia mais inseguro mentalmente e menos seguro fisicamente. Confesso: "_ Que medo...que medo e que insegurança de cada novo e minúsculo segundo, em meio aquele arranhacéu de prédios, pontes e casarões... que angústia em meio aos barulhentos e novíssimos carros da Paulista e do metrô paulistano."

Nas primeiras noites enrolava o medo no meu lençol, e a cada dia que abria minha mala para retirar uma roupa me deparava com o desespero.

Nas semanas seguintes, quando é possível encarar as pessoas nas ruas, pessoas cultas, uniformizadas, de terno, gravata, tailler, fortunês...ou a sujeira, os piolhos, a sarna dos mendigos...sim, eu me deparei com a miséria de muitos também. Então comecei a pensar que todo meu medo não era dos arranhacéis e dos carros da megalópole...meu medo sempre foi das pessoas que vivem e que tornam esta megalópole fantástica e fantasmagórica. Sim, meu medo era de me tornar mais uma fantasmagórica pessoa, sem escrúpulos, sem ética e sem valores. Foi então que me lembrei do meu minúsculo cotidiano do interior...muito pequeno é claro, mais cheio de valores. Lembrei-me novamente da cena, da minha mãe chorando enquanto eu embarcava no ônibus (esta sim pode ter sofrido mais que eu), pois ela sabe o que é deixar um filho caminhar rumo a uma megalomaníaca cidade. E assim percebi que jamais me tornarei um megalomaníaco de uma megalópole, eu sempre serei o Diogo que saiu de Rio das Pedras, de um minúsculo e feliz cotidiano com valores, em busca de oportunidades na MEGALÓPOLE chamada São Paulo.


Assim eu início meu blog, contando um pouco da minha chegada em São Paulo, e realizando a cada dia todos meus sonhos!!!


Obrigado...


Diogo Ferraz