sexta-feira, 25 de junho de 2010

Vazio...

Queria saber onde eu coloco toda essa saudade? Deve ter um lugar que eu possa, guardar, esconder ou até mesmo deixar lá... Sentimento doloroso, sinto a cada minuto, mas tento esquecer aquilo que ainda se torna tão presente, mas só encontro saudade!!!

sábado, 12 de junho de 2010

Sempre Drummond em minha vida...

É inacriditável a forma que Carlos Drummond de Andrade consegue descrever simples e veridicamente o que já senti, o que sinto e o que um dia ainda posso vir a sentir. Drummond esteve presente em versos alegres que deixei no meu blog, em recados de uma cesta de chocolates, em um pedacinho de papel que escrevi num simples versinho logo que acordamos juntos, ou até mesmo nas incontáveis mensagens que trocávamos várias vezes ao dia pelo celular... O que eu sempre tentei fazer era que cada manhã fosse uma manhá ÚNICA, cada dia mais especial, mais agradável e a mais eterno. Cometi erros, e por isso hoje recordei-me deste texto que li há algum tempo atrás e hoje encaixa-se perfeitamente no que estou sentindo:


Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaráimos de ter compartilhado e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso tirme perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:

"Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".

"A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional..."

Carlos Drummond de Andrade

Drummond consegue expressar tudo o que eu gostaria de falar, só penso que o amor que eu dei ainda poderia ter sido maior, porém, ainda há tempo desde que não haja medo. Um alguém que é especial, deve sempre estar por perto, não importa de qual forma, e sim ESTAR PERTO...

sdds...

Diogo Ferraz